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CAPS oferece apoio a dependentes de álcool em Feira de Santana

14 de nov de 2024 às 16:47 | Imagem: Carlos Gomes

Aos 35 anos e pai de duas filhas adolescentes, um homem, que preferiu não ser identificado, recorda como sua trajetória com o álcool começou ainda na adolescência, levando-o a experimentar outras drogas. “A gente começa com uma cerveja, um whisky, daí já bebe uma cachaça. E aí, através do álcool, é a porta de entrada, onde entram outros amigos que já começam a entrada para as drogas, principalmente a cocaína. E nisso aí, a gente vai se acabando. E quando a gente vai ver, a gente já perdeu o controle”, desabafa. Hoje, ele busca recuperação no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD), onde encontrou acolhimento e apoio para seu tratamento.

A realidade dele reflete a de muitos brasileiros. Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz aponta que o consumo de álcool é responsável, em média, por 12 mortes por hora no país. Diante de números tão alarmantes, o CAPS surge como uma alternativa essencial de cuidado e recuperação, oferecendo uma estrutura focada em ajudar dependentes e suas famílias.

A psicóloga Irislene Vasconcelos Santana, que atua no CAPS, destaca como o álcool é frequentemente o primeiro contato com substâncias que alteram o comportamento e contribuem para o início de um vício. “Quando a gente faz entrevista aqui no CAPS: ‘qual foi a primeira coisa que você já usou?’ Alguns falam que foi o tabaco, mas a maioria foi o álcool. A sociedade já está acostumada a ter essa coisa de socializar bebendo. ‘Vamos fazer uma festinha’. O que que tem nessa festinha? Tem um refrigerante? Tem. Mas aí tem associado a uma bebida”, comenta.

O CAPS em Feira de Santana oferece um atendimento que é estruturado com uma abordagem terapêutica e multidisciplinar, e o paciente passa por um acolhimento completo. “Primeiramente, o paciente precisa ser morador do município de Feira de Santana. Esse paciente chega, ele é acolhido da melhor forma possível. A gente verifica qual é a real necessidade deste paciente. A gente elabora um PTS (Projeto Terapêutico Singular), tira todas as dúvidas deste paciente e trabalha na logística de grupos terapêuticos. Existem três tipos de grupos: grupos iniciantes, o intermediário e o avançado”, explica Regicelia Silva, coordenadora municipal de saúde mental.

 

Texto produzido pela estagiária Vitoria Souza, sob supervisão da jornalista Liliane Santos

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