03 de nov de 2024 às 15:12 | Imagem: Junior Araújo
Desde as primeiras horas da manhã, o Cemitério Piedade, em Feira de Santana, foi tomado por famílias e amigos em homenagens aos seus entes queridos no Dia de Finados. Entre os visitantes estava Maria do Carmo, autônoma, que refletiu sobre a importância de lembrar dos que partiram todos os dias, e não apenas nesta data. “E não é somente o dia de lembrar dos nossos entes queridos, não. A gente tem que lembrar todos os dias, porque foram pessoas que representaram muito para nós”, compartilhou ela, demonstrando a emoção da ocasião.
Muitos visitantes trouxeram flores para decorar os túmulos, numa demonstração de afeto e saudade. Para Ione Lenira, costureira, a data é especialmente difícil. “Eu acho que é um dia… pra mim, acho um dia muito triste”, disse ela, que além de reverenciar familiares, também participou de outro velório realizado no mesmo dia.
A homenagem é sempre acompanhada por celebrações religiosas, com missas realizadas no local. O padre Paulo Tarso Bispo de Souza explicou o significado do momento para os presentes. “É uma reflexão sobre a vida, sobre o sentido da vida, as escolhas que fazemos neste tempo, neste mundo, e também um momento para a gente entrar em comunhão com aqueles que partiram. Porque nós acreditamos que a nossa vida não é só esse tempo aqui na Terra.”
Para os floristas, o Dia de Finados é uma oportunidade de intensificar as vendas, com arranjos e coroas ofertados nos arredores do cemitério. Já a administração do Cemitério Piedade reforçou a equipe para prestar assistência às famílias e garantir a segurança, especialmente por ser um cemitério antigo e com sepulturas próximas umas das outras. “A maioria de quem aqui tem sepultura por ser um cemitério central também são idosos. Então a gente sempre acompanha para evitar [acidentes], porque é um cemitério que tem muitas sepulturas próximas às outras. E aí a gente está sempre do lado dessa família para poder dar qualquer tipo de suporte que eles precisarem”, explicou Alice Santos, da coordenação do cemitério.
Reportagem escrita pela estagiária Vitoria Souza sob supervisão da jornalista Liliane Santos