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Estudantes celebram mês Consciência Negra em Feira de Santana

12 de nov de 2024 às 15:33 | Imagem: Carlos Gomes

Na noite da última sexta-feira, o Teatro Margarida Ribeiro foi palco de uma apresentação emocionante que marcou o início das celebrações do Mês da Consciência Negra em Feira de Santana. Estudantes da Escola Municipal Eduardo Froes da Mota realizaram uma releitura do aclamado filme Pantera Negra, adaptado para os palcos. A apresentação, repleta de atuações vibrantes, trouxe uma forte mensagem sobre identidade, resistência e a cultura afro-brasileira, destacando a importância da representatividade.

Maria Alicia, uma das alunas que participou da montagem, compartilhou sua experiência: “A gente está há mais ou menos um mês e meio ensaiando, não foi fácil, tem erros, tem acertos, mas eu confio que aqui todo mundo vai se sair bem e vai dar tudo certo como planejado.” A performance de Maria e seus colegas, Luana Silva e Cauan Lucas Porto, emocionou a plateia, destacando o esforço e dedicação dos estudantes para levar essa importante mensagem ao público. Luana falou com entusiasmo sobre sua personagem: “É literalmente a rainha mais perfeita de todas as rainhas que eu já vi porque ela é forte. Ela consegue sobreviver com tudo isso e isso me deixa feliz por ser essa personagem. Eu gosto de atuar como ela.” Já Cauan, também envolvido de coração na apresentação, destacou a emoção de estar ali representando a escola: “Estou muito confiante, um pouco ansioso, um pouco nervoso, mas é muito gratificante estar aqui representando a escola.”

O evento, que também contou com uma exposição fotográfica e um momento musical, teve como objetivo celebrar e refletir sobre a riqueza da cultura afro-brasileira. Daiane Almeida, professora responsável pela direção do espetáculo, explicou a importância do projeto: “Um projeto que chega para motivar os jovens negros, para conscientizá-los da sua ancestralidade, da importância de valorizar a sua cultura, as suas raízes, a sua identidade afro-brasileira.”

A historiadora Railda Neves ressaltou o trabalho contínuo da Escola Municipal Eduardo Froes da Mota no combate ao racismo e na promoção da valorização da cultura negra: “A Escola Eduardo Fróes da Mota já vem trabalhando com a questão anti-racista há um tempo e vem trabalhando de forma sistemática e não de forma pontual. O projeto Wakanda é uma forma de recuperação, de dizer que existem lugares possíveis e os lugares possíveis são onde nós estamos, e é possível acessá-los a partir desse repertório importante que a educação traz.”

Com a participação de autoridades locais, educadores e familiares, o evento foi um sucesso, proporcionando um momento de reflexão sobre a importância da representatividade e da valorização da história afrodescendente. Além de ser uma celebração cultural, a apresentação também teve como objetivo conscientizar a comunidade sobre a importância da educação na preservação da memória negra e na construção de uma sociedade mais inclusiva e justa.

Texto produzido pela estagiária Vitoria Souza, sob supervisão da jornalista Liliane Santos

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