29 de ago de 2024 às 16:48 | Imagem: Reginaldo Cavalcante
Método Canguru, conhecido por fortalecer o vínculo entre mãe e bebê, completou 22 anos de implementação em Feira de Santana. Este método, essencial para recém-nascidos prematuros e suas famílias, oferece um cuidado especial que vai além da assistência médica, promovendo a aproximação e o fortalecimento emocional entre mãe e filho.
Saine Barbosa, psicopedagoga, compartilhou sua experiência ao dar à luz Ariel, nascido prematuramente com 28 semanas. O bebê precisou ser encaminhado para a UTI neonatal, onde o Método Canguru desempenhou um papel crucial na criação de um vínculo próximo entre mãe e filho. “É um elo muito grande, já desde o nascimento, mas o Método Canguru é quando a gente sente realmente, pele a pele, é muito importante. O tempo todo a gente fica junto, mas quando coloca a gente no método mesmo, é surreal, a sensação”, relata Saine, destacando a intensidade emocional proporcionada pela técnica.
A assistência oferecida pelo método não se limita ao período de internação. Em Feira de Santana, o Método Canguru tem sido aplicado desde a gravidez de risco até a alta dos pequenos. Aldacy Gonçalves, uma das enfermeiras que participaram do processo desde sua implementação na cidade, destacou a evolução do método ao longo dos anos. “Passamos pela transição desse berçário de autorrisco, que se transformou numa UTI Neonatal, a primeira etapa do canguru, até montarmos a segunda etapa, onde o bebê, já de alta da UTI, fica pele a pele com sua mãe na bolsa canguru pelo tempo que ambos acharem prazeroso. Esse contato favorece o vínculo e acelera o ganho de peso do recém-nascido, permitindo uma alta mais precoce”, explica Aldacy.
Para comemorar os 22 anos de sucesso do método, o Hospital da Mulher organizou uma palestra especial com o médico neonatologista Sérgio Marba. Durante o evento, Marba reforçou os benefícios do Método Canguru, enfatizando que “hoje está bem comprovado na literatura científica que o bebê que faz o Método Canguru tem melhor desenvolvimento neurológico, menor mortalidade, maior aleitamento materno, menor risco de sepse, maior ganho de peso, e para a mãe, uma satisfação muito grande de estar com a criança e fazer a vinculação com seu recém-nascido.”