26 de ago de 2024 às 17:22 | Imagem: Carlos Gomes
O casarão Froes da Motta foi palco de uma noite especial, marcada pela tradicional Roda de Choro, que atraiu dezenas de pessoas apaixonadas por música. Entre os presentes, estava Raimundo Lopes, arquiteto e grande admirador do gênero, que trouxe sua esposa Ana para compartilharem juntos a experiência.
“É bastante admirado no mundo. Talvez o choro seja mais admirado lá fora do que aqui no Brasil,” comentou.
Outra participante, a pedagoga Claudia Guimarães, expressou sua satisfação em finalmente visitar o casarão. “Eu sempre fui apaixonada por essa casa e é a primeira vez que eu estou tendo a oportunidade de comparecer aqui. Então, juntou duas coisas maravilhosas num lugar só,” disse.
A plateia não conteve a emoção ao som da flauta, clarinete, cavaquinho, sanfona e pandeiro, instrumentos que juntos criaram uma atmosfera vibrante. Uma das flautistas da noite, Gabriela Machado, compartilhou sua longa trajetória no choro. “Eu como flautista já toco há 30 anos esse gênero. Comecei com o grupo Choronas, que eu toquei por quase 20 anos. E agora, desse ano de 2024, estou lançando o meu disco chamado *Equilibrando no Acupe, que é baseado nesse gênero, choro,” afirmou.
O choro, um gênero musical que nasceu no Rio de Janeiro e se espalhou por todo o Brasil, foi recentemente reconhecido como Patrimônio Cultural do país. O maestro Tony Neves ressaltou a importância desse legado musical. “Nasce no Rio de Janeiro, um cenário urbano, o primeiro gênero urbano. E espalhado por todo o Brasil, com instrumentistas, compositores maravilhosos, como Pixinguinha, Benedito Lacerda, Chiquinha Gonzaga, Severino, Jacob do Bandolim. Então, a obra é muito vasta para justamente valorizar a nossa cultura brasileira,” finalizou o maestro, enfatizando a riqueza e diversidade do choro.