12 de dez de 2024 às 17:13 | Imagem: Reginaldo Cavalcante
Em Feira de Santana, a luta contra a dengue continua sendo uma prioridade, e muitos moradores estão adotando medidas preventivas para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. A aposentada Dona Cecília Ferreira, por exemplo, se dedica a manter sua casa livre de focos. “Tudo cobertinho, minhas coisas, não deixo água pura, desamparada. Até um vaso que eu tenho ali na torneira, eu tiro a água de noite para molhar as plantas e coloco um pedaço de piso em cima. Tenho cuidado”, conta ela, enfatizando a importância de prevenir qualquer foco que possa se tornar um criadouro do mosquito.
Maria Betânia Pereira, agente de endemias, fala sobre o trabalho de conscientização que realiza nas visitas. “Tem pessoas que já são educadas, né? A gente fala na próxima vez da visita, mas tem outros também que são relaxados e às vezes deixam tudo bagunçado. A gente faz tudo de novo e ensina também tudo de novo”, comenta ela, destacando a importância de reforçar as orientações sempre que necessário.
A dona de casa Eliza Paula da Luz também toma medidas preventivas rigorosas. “Eu evito bastante. Ainda mais que eu tenho duas crianças dentro de casa”, diz ela, que se preocupa em manter o ambiente seguro para os pequenos, eliminando focos e fazendo a sua parte na prevenção da doença.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica de Feira de Santana, o município já registrou 7.640 casos de dengue este ano, o segundo maior número nos últimos 12 anos. O recorde foi em 2019, com 10.626 casos. Em setembro deste ano, foram registrados 84 casos, mas em outubro, o número caiu para 48, uma redução de 42%. Mesmo com a queda, o trabalho dos agentes de endemias é intensificado diariamente. Sintia Sacramento, coordenadora dos agentes, explica: “O trabalho dos agentes de endemias é feito diariamente, todos os dias eles estão nas residências para tentar cobrir o máximo possível de casas, também estamos fazendo a entrega de capas para aquelas pessoas que perderam ou quebraram as capas gratuitamente. Além disso, utilizamos novas tecnologias, como armadilhas ovitrampas e o BRI, e realizamos borrifação com inseticidas em locais especiais”, destaca a coordenadora.
Texto produzido pela estagiária Vitoria Souza, sob supervisão da jornalista Liliane Santos